quarta-feira, 31 de março de 2010

Sentença.

Ando curvada sobre as horas nuas da tarde, para que o vento não me toque o vão gravado no peito. Os paralelepípedos que trago sob os pés: dançam, ordinariamente passo à passo. E o dia escorre - sem que ninguém veja. E entre o infinito mar de estrelas está escrito que a vida perseguirá aqueles que a procuram. Então deixa a sombra mover, deixa os olhos abertos espreitando no escuro, deixa a engenhoca cardíaca perto do chão. Deixa o mundo correr, o caos assombrar. A onda virá: com fúria - ternura - crueldade - resilência.
- Danielle Bernardi

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