Quando tudo o que se diz não passa de fumaça, de barulho branco, estática, interferência, ruído, uma cacofonia desgraçada entre a qual te digo tanta coisa... E o tempo passa e não perco essa mania de dizer, maldizer. Sou semi, pseudo, qualquer coisa, entende? Não, é claro que não. Porque isso que te digo é mais pra mim do que pra você, mas preciso de alguém que saiba além de mim ou sinto que vou morrer. Não, drama demais. É aquele mesmo maldito fio desconectado, fio solto, perdido, desesperado. E ouço minhas próprias palavras escorrendo e caindo e acertando o teclado tão gravitacionais e sozinhas, despencando sem parar. E quem puder que me alcance.
- Danielle Bernardi
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