domingo, 13 de setembro de 2009

Globo de Vidro.

Limpei o embaçado do vidro e olhei o mundo lá fora: a chuva caía. E meu mundo girava e girava, como uma redoma embalando meu sono, calma, tranquila, constante. Perdi meus pensamentos em algum canto, procurando perguntas para as respostas que eu não entendia. E tive a moleza do corpo com um sinal de ausência, de mim dessa vez, não de você. E a lucidez estava clara e límpida, fora do meu alcance. Por isso, perdoe meu egoísmo central, não entendo nada nesses dias, além da constatação de fatos totalmente contrariáveis como meu estado de espírito. E sou como o lodo, embaixo de toda essa chuva. Desfazendo-se em começos e fins, em dobra, ondas e objetos estranhos. E sou como a busca pela palavra, para verbalizar o irracional. Com vontade de uma coisa que não sei o que é.
- Danielle Bernardi

Um comentário:

Unknown disse...

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Como já te disse antes, não tenho mais palavras pra expressar o quanto admiro cada pedaço de tudo aquilo que você escreve. Como absorvo, como uma esponja.

TEAMO♥