Os pés deslizam entre ponteiros, enquanto a hora corre. É tempo, e é tarde lá fora. Tarde como as estrelas que desabam sobre o teto e pedem pra consumir. Tarde como o anoitecer que se desfaz na aurora de minha insônia. Tarde como cada momento que pede pra existir. Tarde como a música que se esvai antes do verso ter fim... Tarde antes que haja tempo o suficiente: para o insuficiente. E os dias correm, como todos aqueles milhões de anos que nunca vimos passar - e passaram.
- Danielle Bernardi
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